segunda-feira, 11 de junho de 2012



O ESPELHO
(Maria do Carmo Barreto Campello de Melo)

Quando o dia começou a amanhecer em mim
eu fui o obstáculo do meu dia

Agora vivo um estranho anti - tempo
as brisas paradas

interv-alo dist-ânsia
entre portões abertos.

Mas meus olhos um dia
( ontem, hoje, amanhã)
foram flor/odor foram cor
e o Dia pede passagem em Mim,
espelho decepado

Por isso 
Amanhã/ontem/hoje 
devo re-começar
e atar os fios do meu dia part-ido

Ainda não posso morrer: 
tenho que mastigar todas as coisas


Nenhum comentário: